sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A RUA DOS CATAVENTOS
Da vez primeira em que me assassinaram,Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arracar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
Mario Quintana

quarta-feira, 12 de agosto de 2009


Olha nos meus olhos
Esquece o que passou
Aqui neste momento
Silêncio e sentimento
Sou o teu poeta
Eu sou o teu cantor
Teu rei e teu escravo
Teu rio e tua estrada
Vem comigo meu amado amigo
Nessa noite clara de verão
Seja sempre o meu melhor presente
Seja tudo sempre como é
É tudo que se quer
Leve como o vento
Quente como o Sol
Em paz na claridade
Sem medo e sem saudade
Livre como o sonho
Alegre como a luz
Desejo e fantasia em plena harmônia
Eu sou teu homem, sou teu pai, teu filho
Sou aquele que te tem amor
Sou teu par, o teu melhor amigo
Vou contigo seja aonde for
E onde estiver estou
Vem comigo meu amado amigo
Sou teu barco neste mar de amor
Sou a vela que te leva longe
Da tristeza, eu sei, eu vou
Onde estiver estou E onde estiver estou

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Mario Quintana disse certa vez " Que já q é pra me esquecer que me esqueça bem devagarinho", sábio poeta, pq esquecer é algo além das pessoas só o tempo se encarrega dessas maselas, é dolorido esquecer, é sofrido esquecer, isso pq na verdade nada se esquece as coisas e sentimentos as vezes apenas se mutam, mas nunca se esquece....

Aos sentimentos nunca cabe aquele celebre frase "Deu branco", os sentimentos nunca dão branco eles agem dentro da pessoa como soldadinhos incansáveis que fazem vez por outra, por uma música, um momento, uma data as lágrimas rolarem....

Mas o q esquecer se a cada minuto que se passa já foi e então vem a lembrança do minuto passado e logo o minuto presente nossa já é passado e como esquecer

As vezes digo que gostaria de ter um botão de liga e desliga em mim, para desligar o que sinto, o que me corroe, mas cade???? Ops não tem !!!

Resta então esperar o tempo, que cicatrize as lembranças de um amor que não se foi, apenas se dissipou ou apenas foi fantasia própria, afinal muitas vezes projetamos no outro nossas fantasias e o cobrimos com as máscaras que gostariamos que este alguém possuisse.....

Amar sozinha doi, não sei se doi mais que as lembranças, mas doi !!!

Cada um segue seu caminho dizendo aquelas coisas do tipo, seremos amigos, mas que amizade sobrevive ao Amor, ao querer estar e não poder, as noites frias que nos lembra o quente do outro, ou a noite na praia em q como crianças um dia imaginamos fazer aquela cena de filme um correndo de encontro ao outro

Hiiiiiiiiii, mas lembranças .....

O amor não odeia, ele quando é só se alimenta da lembrança do outro, então deseja infinitamente que o outro seja feliz !!! Vaga pelas noites torcendo em sua dor que o outro encontre a pessoa que o fará feliz como gostaria de te-lo feito.

E já que o botãozinho de liga/desliga ainda não tem saboreamos a dor da saudade, a dor da falta, a dor na invidibilidade, afinal nada como a dor para fazer reviver o que nunca iremos esquecer.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Fernando Pessoa

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. È o tempo da travessia e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre à margem de nós mesmos"